Pessoas são feitas reféns por homens armados na Austrália

Sequestradores obrigaram clientes e funcionários a segurar bandeira com inscrições árabes na janela, o que levantou a suspeita de ação terrorista

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Por Redação
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SYDNEY / AUSTRÁLIA

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Pelo menos 13 pessoas, entre clientes e funcionários, foram feitas reféns no Lindt Cafe, em Sydney, na Austrália, por sequestradores armados, que entraram no lugar por volta das 10 horas de segunda-feira (21 horas no horário de Brasília). Imagens da televisão australiana mostravam os reféns com as mãos para cima, próximas às janelas.

Uma bandeira preta com inscrições em árabe também foi erguida, o que aumentava a suspeita de uma ação terrorista. Até a 0h30 de hoje não havia sido comprovada uma ligação direta com o Estado Islâmico. Dezenas de policiais fortemente armados cercaram o prédio do café, que fica em Martin Place, centro financeiro de Sydney, onde estão localizados o escritório do primeiro-ministro, Tony Abbott, a emissora de TV Channel 7 e alguns dos maiores bancos do país. Prédios ao redor foram evacuados e o espaço aéreo na região foi fechado. Em um comunicado, o primeiro-ministro disse que iria se reunir com o Comitê Nacional de Segurança para acompanhar o caso. “Este é obviamente um incidente altamente preocupante. Mas todos os australianos devem estar seguros de que nossas forças legais e agências de segurança são bem treinadas e equipadas e estão respondendo de maneira completa e profissional”, afirmou Abott. A Austrália, que apoia os Estados Unidos em sua ação contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, está em alerta para os ataques de radicais muçulmanos. “Não sabemos suas intenções (dos sequestradores) ou se o incidente tem motivações políticas, embora haja indícios que apontem para isso”, disse Abbott em entrevista à imprensa. O prédio da Ópera de Sydney foi evacuado após ser encontrado pacote suspeito no local. Mas ainda não havia sido confirmado se realmente se tratava de uma bomba ou se o pacote tinha qualquer relação com o sequestro no café. Trens e ônibus foram parados e estradas bloqueadas na região, após operadores de trens dizerem que houve uma ameaça de bomba em Martin Place. / REUTERS, AFP e NYT

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