MONTEVIDÉU - A Petrobrás, proprietária da uruguaia MontevideoGas, e o Sindicato do Gás do Uruguai chegaram nesta sexta-feira,9, a um acordo após uma reunião com o governo em Montevidéu que pôs fim à greve de fome realizada por 21 trabalhadores há 25 dias.
De acordo com o pacto assinado, os empregados que estavam em greve "serão reintegrados à atividade, ao cumprir cada um deles dois meses de amparo a tal subsídio". Também ficou estabelecido que o aumento da verba de alimentação, correspondente ao ano de 2019, não será aplicado de uma única vez. O reajuste acontecerá de forma tripartite até o dia 31 de dezembro.
O Poder Executivo uruguaio se comprometeu a dialogar e negociar aspectos trabalhistas e de serviço, por meio dos ministérios do Trabalho e da Indústria, Energia e Mineração.
O Sindicato do Gás, que ameaçou ocupar as instalações da empresa caso o acordo não fosse firmado, divulgou um comunicado no qual agradeceu os apoiadores da mobilização.
"Queremos expressar o nosso mais profundo agradecimento ao povo uruguaio, aos sindicatos irmãos, às organizações sociais, aos moradores e cada uma das pessoas que durante estas mais de três semanas passaram pela barraca (onde realizavam a greve de fome) (...) Juntos, ombro a ombro, é como se faz o caminho para uma sociedade mais justa e solidária", afirmou o texto.
Petrobrás pediu arbitragem internacional
A Petrobrás, que terá a concessão da MontevideoGas por mais sete anos, solicitou em 2017 uma arbitragem internacional para tentar solucionar os conflitos em suas distribuidoras de gás no País. Os problemas são gerados pelos preços elevados que a companhia tem de pagar pelo gás argentino importado pelo Uruguai, o qual não pode ser repassado para seus clientes./ EFE