Piñera anuncia fundo de US$ 12 bi para reconstrução do Chile

Um mês após terremoto, presidente participa de missa em Concepción.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou, no sábado, a criação de um fundo de US$ 12 bilhões para a reconstrução dos locais mais afetados pelo terremoto e tsunami que atingiram o país em fevereiro. Ele também disse que, a curto prazo, 30 mil famílias da cidade de Concepción - a mais destruída - vão receber ajuda direta do governo para reconstruir suas casas. Além disso, o presidente disse que pretende aumentar a presença de tropas nas áreas atingidas para ajudar a acelerar a reconstrução. Piñera fez as declarações no sábado, em Concepción, onde participou de cerimônia e de uma missa na cidade para marcar um mês da tragédia. "Como presidente, vou liderar esse processo de reconstrução. Serei o pedreiro, o operário, o carpinteiro, o engenheiro e também o arquiteto, representando todos os chilenos", afirmou. Ele ainda pediu para os chilenos "enxugarem suas lágrimas" e começarem a trabalhar "na grande tarefa de reconstruir o Chile". Desabrigados e sem emprego O terremoto de 8,8 graus de magnitude e o tsunami que se seguiu deixaram quase 500 mortos e destruíram mais de 1,5 milhões de casas em várias partes do país, semanas antes de Piñera assumir a Presidência, substituindo Michelle Bachelet. O governo de Piñera estima um prejuízo de US$ 30 bilhões. Segundo o Escritório Nacional de Emergência chileno (Onemi, na sigla em espanhol), quase 12 mil pessoas ainda continuam desabrigadas. Elas estão morando em instituições públicas ou em barracas de acampamento. Além dos danos causados pelo terremoto, outro impacto dos tremores tem chamado a atenção dos chilenos nos últimos dias: o número de demissões por motivo de "força maior". Dados divulgados recentemente indicam que 8,4 mil trabalhadores chilenos foram demitidos com essa alegação após o terremoto. Pela lei chilena, a demissão por "força maior" deixa os funcionários sem direito a indenizações pelas empresas. Segundo a Onemi, os empregadores alegaram que o terremoto e as ondas gigantes afetaram suas companhias e que as empresas não teriam como pagar os direitos dos trabalhadores. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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