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Piñera pede 2º turno, mas não evita divisão da direita chilena

Por CENÁRIO: Rodrigo Cavalheiro
Atualização:

Os jornais chilenos destacaram ontem uma previsão do presidente Sebastián Piñera, feita em tom de súplica a uma rádio local. "Vamos para o 2.º turno. Será uma oportunidade de debater melhor as propostas, colocar na mesa dois projetos distintos. Tem muita gente fazendo promessas de forma irresponsável", disse. O envolvimento de Piñera na campanha, da qual tem se mantido razoavelmente distante, é o último sintoma de uma divisão na direita chilena que tende a se refletir na perda da presidência e de espaço no Parlamento. O grupo que tenta evitar a volta da ex-presidente Michelle Bachelet, favorita segundo pesquisas, não se entende desde julho, quando Pablo Longueira, eleito nas primárias, renunciou, afirmando sofrer de depressão.A economista Evelyn Matthei, do Partido da União Democrática Independente, que compõe o governo, foi lançada como o nome da direita, mas nunca foi unanimidade. A insatisfação transformou-se em crise quando o senador Carlos Larraín, presidente da Renovação Nacional, partido de Piñera, disse que foi um erro escolher Matthei, que tentou amenizar o bate-boca. "Trabalharei sempre pela nossa união. Ele já disse o que queria dizer, mas não dou muita importância a isso."

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