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Piñera vence primária e lidera pesquisas à presidência do Chile

Ex-presidente obteve ao menos 57,11% dos votos e representará coalizão de centro-direita Chile Vamos; jornalistas Alejandro Guillier e Beatriz Sánchez e a assistente social Carolina Goic são os outros principais candidatos ao Palácio de La Moneda

Atualização:

SANTIAGO - O empresário e ex-presidente Sebastián Piñera, os jornalistas Alejandro Guillier e Beatriz Sánchez e a assistente social Carolina Goic são os principais candidatos para suceder Michelle Bachelet na presidência do Chile, após as eleições primárias realizadas neste domingo no país.

Piñera, que já governou o país entre 2010 e 2014 sucedendo justamente Bachelet após seu primeiro mandato, foi escolhido por uma ampla maioria (57,11% dos votos) como candidato da coalizão de centro-direita Chile Vamos.

O ex-presidente chileno Sebastián Piñera celebra o resultado das primárias da coalizão de centro-direita Chile Vamos Foto: EFE/Esteban Garay

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O ex-governante, que lidera as pesquisas sobre as presidenciais de 19 de novembro, venceu o senador Manuel José Ossandón (28,98%) e o deputado Felipe Kast (13,90%) como aspirante da aliança conservadora, que agrupa as legendas União Democrata Independente (UDI), Renovação Nacional (RN), Partido Regionalista Independente (PRI) e Evópoli.

Já a Nova Maioria concorre pela primeira vez na história desta coalizão surgida da Concertación com dois candidatos presidenciais em separado, o senador e jornalista Alejandro Guillier e a senadora Carolina Goic, presidente da Democracia Cristã e assistente social por profissão.

Guillier deixou para trás na corrida presidencial destacados políticos, como o ex-presidente Ricardo Lagos e o ex-chanceler e ex-secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) José Miguel Insulza, que para concorrer teve de renunciar como agente do Chile na Corte Internacional de Justiça da Haia para a demanda boliviana.

A inesperada indicação de Guillier como pré-candidato presidencial do Partido Socialista, em detrimento de um veterano militante como Lagos, foi justificada pelo fato de que tinha mais apoio nas pesquisas. O ex-apresentador de televisão também recebeu o apoio de novas forças do oficialismo, como os partidos Radicais, Comunista e Pela Democracia.

A candidata da Frente Ampla, Beatriz Sánchez, vota nas primárias na capital chilena Santiago Foto: EFE/Elvis González

No entanto, a Democracia Cristã, a força mais moderada da Nova Maioria, surpreendeu quando no dia 11 de maio inscreveu a candidatura de sua presidente, a senadora Carolina Goic, materializando assim uma separação no seio do oficialismo que provavelmente deve se repetir também nas listas parlamentares.

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A esquerda radical da Frente Ampla, uma coalizão de legendas progressistas emergentes, escolheu como sua candidata Beatriz Sánchez, uma conhecida jornalista que no começo de maio decidiu entrar para a política.

Outros aspirantes na corrida ao Palácio de La Moneda, sede da presidência chilena, são candidatos que já participaram de outras eleições, como o progressista Marco Enríquez-Ominami, o esquerdista Alejandro Navarro e os independentes Franco Parisi e Tomás Jocelyn-Holt. / EFE e AFP

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