Pior onda de calor no Paquistão em 35 anos deixa mais de mil pessoas mortas
Em Karachi, os necrotérios estão lotados e hospitais têm dificuldade para dar atendimento a todos os pacientes
Por Redação
Atualização:
Onda de calor mata centenas no Paquistão
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Onda de calor mata centenas no Paquistão
Paquistaneses se refrescam no Mar Arábico depois de uma onda de calor no sul do país deixar centenas de mortos Foto: ASIF HASSAN/AFP
Onda de calor mata centenas no Paquistão
Organização de ajuda humanitária distribui água para os moradores de Karachi, maior cidade do Paquistão; temperatura chegou a 45 graus e matou centena... Foto: EFE/Rehan KhanMais
Onda de calor mata centenas no Paquistão
Menino se molha embica d'água na cidade paquistanesa de Karachi, no sul do país; centenas morreram durante onda de calor Foto: EFE/Rehan Khan
Onda de calor mata centenas no Paquistão
Garotos paquistaneses mergulham no mar para se refrescarem; onda de calor que atinge o sul do país, principalmente Karachi, maior cidade do país, já d... Foto: RIZWAN TABASSUM/AFPMais
Onda de calor mata centenas no Paquistão
Homem descansa debaix ode caminhão estacionado na cidade de Karachi, no Paquistão; altas temperaturas causaram centenas de mortes nos últimos dias no ... Foto: EFE/Rehan KhanMais
Paquistaneses se refrescam em Karachi, maior cidade do país, onde onda de calor já deixou mais de 400 mortos
Paquistaneses se refrescam em Karachi, maior cidade do paquistão, onde a onda de calor que atinge o paísjá deixou mais de 400 mortos Foto: Shakil Adil/AP
Onda de calor mata centenas no Paquistão
Necrotério da cidade de Karachi, no sul do Paquistão, está lotado depois de centenas de pessoas, principalmente idosos, morrerem em razão de uma onda ... Foto: EFE/Shahzaib AkberMais
KARACHI - A pior onda de calor em 35 anos a atingir o Paquistão, já matou ao menos 1.130 pessoas, informou uma organização de caridade nesta quinta-feira, 25. Em Karachi, cidade mais afetada, os necrotérios começam a ficar sem espaço e hospitais públicos enfrentam dificuldades para lidar com a situação.
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A onda de calor na cidade de 20 milhões de habitantes coincidiu com cortes nos fornecimento de eletricidade, deixando muitos sem ventilador, água e energia, e com o início do mês sagrado do Ramadã, quando muitos muçulmanos não comem ou bebem durante o dia.
Algumas lojas se recusaram a vender gelo ou água durante o dia, citando leis religiosas que podem resultar em penas.
Lotação. A chegada de um grande fluxo de corpos nos necrotérios forçou os funcionários a guardarem os corpos em bolsas no chão, disse Anwar Kazmi, da organização de caridade Edhi Foundation. Os equipamentos de ar-condicionado no necrotério pararam de funcionar.
O governo provincial fez pouco, exceto culpar os outros, segundo Kazmi. "Pagamos tributos aos médicos e funcionários dos hospitais do governo que estão trabalhando sem parar, tratando uma infinidade de pacientes", disse. "O governo de Sindh não fez nada exceto culpar a K-electric pelas mortes".
A K-eletric é uma companhia privada de energia que abastece Karachi. A empresa diz que conexões ilegais estão sobrecarregando as linhas e a demanda aumentou por conta do calor. Segundo a K-electric, o governo deve mais de US$ 1 bilhão em contas não pagas. /REUTERS