O número de americanos vivendo na pobreza aumentou em 1,3 milhão no ano passado, informa a Agência de Censo dos Estados Unidos. No mesmo período, mais 1,4 milhão de americanos ficaram sem nenhum acesso a serviços sociais. Trata-se do terceiro ano consecutivo de aumento no número de pessoas nessas duas situações nos EUA. Apesar de esses dados estarem previstos, trata-se de uma dose dupla de más notícias em um ano no qual o presidente dos EUA, George W. Bush, busca sua reeleição. Aproximadamente 35,8 milhões de americanos viviam abaixo da linha da pobreza nos EUA em 2003. O número representa 12,5% da população do país, de acordo com a Agência de Censo. Em 2002, 34,5 milhões (12,1%) de americanos encontravam-se abaixo da linha da pobreza. O aumento foi mais dramático para as crianças. A definição de pobreza pela Agência de Censo dos EUA varia de acordo com a renda familiar. Por exemplo, o limite de pobreza para uma família de quatro pessoas situa-se numa renda abaixo de US$ 18.810 anuais; para uma família de duas pessoas, o limite é de US$ 12.015. O candidato presidencial democrata John Kerry observa os números como uma evidência de que a política econômica do governo Bush fracassou. Durante os anos em que Bush esteve na Casa Branca, 5,2 milhões de pessoas perderam acesso ao serviço de saúde e 4,3 milhões caíram na pobreza, constatou. Por sua vez, o deputado republicano Joe Barton insistiu que, apesar de ter aumentado o número de pessoas sem planos de saúde, mais um milhão de americanos tiveram acesso a cobertura em 2003. Segundo ele, "nunca na história tantos americanos tiveram cobertura dos planos de saúde". Ao todo, 243 milhões de americanos tinham planos de saúde no ano passado.