26 de abril de 2010 | 18h35
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, disse que autoridades estão se reunindo diariamente na ONU num esforço para aprovar um novo pacote de sanções "o mais rápido possível". Ele disse que a secretária de Estado, Hillary Clinton, entrou em contado com vários chanceleres no final de semana, dentre elas o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. "O Irã precisa se apresentar e responder as perguntas que a comunidade internacional tem sobre seu programa nuclear", disse Crowley. Além dos Estados Unidos, os demais membros permanentes do Conselho de Segurança são Grã-Bretanha, França, Rússia e China.
Programa nuclear
O ex-ministro de Relações Exteriores, Ali Akbar Velayati, foi citado por um jornal dizendo que o Irã obteve sua primeira centrífuga do Paquistão em 1986. Foi a primeira confirmação pública de uma transferência clandestina de tecnologia nuclear especificamente do Paquistão, que já reconheceu venda de materiais nucleares. Centrífugas, que purificam o gás de urânio, são o componente central de um processo que pode produzir combustível para usinas nucleares ou - em níveis mais altos de processamento - armas.
As atividades nucleares do Irã permaneceram secretas até 2003, quando a agência de monitoramento da ONU começou a investigar o programa. O trabalho da agência e as afirmações de que Teerã tem interesses apenas pacíficos não foram suficientes para acalmar as suspeitas e preocupações internacionais. O período no qual a nova revelação foi feita foi incomum, já que o Irã está no meio de uma negociação ao redor do mundo para tentar persuadir outros integrantes do Conselho de Segurança a não aceitar as novas sanções.
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