04 de junho de 2012 | 03h04
Os três submarinos entregues até agora a Israel dispõem de um novo sistema hidráulico que permite acionar essas ogivas nucleares. Mais três serão enviados até 2017. Israel não admite ter armas nucleares, embora a comunidade internacional dê como certa a existência do arsenal israelense.
Berlim sempre defendeu as vendas a Israel como parte das relações bilaterais entre os dois países à luz do direito internacional. O porta-voz do governo de Angela Merkel, Steffen Seibert, manteve o argumento e reiterou ontem a posição da chanceler. "Os submarinos são entregues sem armamento desse tipo. O governo não entra em especulações sobre como eles posteriormente serão equipados", afirmou Seibert.
O porta-voz da oposição social-democrata no Parlamento, Rolf Mützerich, pediu investigações da situação e disse que, até agora, se tinha justificado essas provisões na convicção de que levavam armas convencionais. Fontes consultadas pela Spiegel, como o ex-secretário de Defesa, Lothar Rühl, sustentam que Berlim é consciente há muito tempo desse uso.
Conhecimento. A revista afirma, além disso, que pelo menos desde 1961 o Ministério das Relações Exteriores alemão sabe das ambições nucleares do governo israelense. Em 1977, o então chanceler alemão, o social-democrata Helmut Schmidt, abordou a questão do programa nuclear israelense com o então ministro das Relações Exteriores de Israel, Moshe Dayan. Os submarinos são construídos em Kiel, no norte da Alemanha, e financiados pelo governo alemão. / EFE
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