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Poeta sueco Tranströmer ganha Nobel de Literatura

Autor publicou seu primeiro livro em 1954 e sua obra já foi traduzida em mais de 60 línguas

Por AE
Atualização:

O poeta sueco Tomas Tranströmer foi agraciado nesta quinta-feira com o Nobel de Literatura. Nascido em 1931, Tranströmer também é tradutor. A Academia Sueca afirmou em seu site que o poeta de 80 anos foi lembrado "porque, através de suas imagens condensadas, translúcidas, ele nos dá um novo acesso à realidade". O escritor sucede o peruano Mario Vargas Llosa, ganhador da honraria no ano passado. A mãe de Tranströmer, Helmi, era professora de uma escola e o pai, Gösta Tranströmer, um jornalista. O escritor cursou estudos em História da Literatura, Poética, História da Religião e Psicologia na Universidade de Estocolmo, adquirindo o título de bacharel em Artes, informa a academia em comunicado. Chegou a trabalhar como psicólogo em um instituto correcional para jovens. A academia lembra no comunicado sobre o autor publicado no site da instituição que, em 1990, Tranströmer sofreu um derrame que o deixou com bastante dificuldade de falar. Após veicular poemas em vários jornais, Tranströmer publicou em 1954 o livro "17 poemas". Com suas seletas de poesias posteriores, foi consolidando o nome como um dos principais poetas da atualidade, aponta a academia em seu comunicado. A entidade destacou que a maior parte da poesia do sueco se caracteriza pela economia, pela concretude e por metáforas pungentes. O autor já foi traduzido em mais de sessenta línguas, e periodicamente elabora ele mesmo versões de seus poemas em outras línguas, lembrou a academia.

Apenas um poema de Tranströmer teria sido traduzido no Brasil, "Poemas Haikai", que tem 11 estrofes. Essa tradução está na coleção "Poesia Sempre", da Fundação Biblioteca Nacional, número 25, só com trabalhos da Suécia. A tradução é de Marta Manhães de Andrade. Segue abaixo um trecho do "Poemas Haikai":Os fios elétricos estendidos por onde o frio reina Ao norte de toda música O sol branco treina correndo solitário para a montanha azul da morte Temos que viver com a relva pequena e o riso dos porões

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