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Polícia abre fogo e fere mais de 60 no Bahrein

Segundo fontes médicas, 1 dos feridos morreu, elevando a 6 o número de mortos nos 5 dias consecutivos de protestos contra o rei Al-Khalifa

Por REUTERS , AFP e EFE
Atualização:

Dezenas de pessoas ficaram feridas ontem em Manama, capital do emirado do Bahrein, depois que forças de segurança abriram fogo contra cerca de 500 manifestantes que realizavam um protesto na Praça da Pérola, epicentro das manifestações contra o regime do país. Mais de 60 ficaram feridos. Fontes médicas informaram à agência EFE que um deles morreu. Os agentes usaram também gás lacrimogêneo. "Pensamos que foi o Exército (que atirou)", disse o ex-legislador xiita Saved Hadi, membro da Sociedade Nacional Islâmica Al-Wefaq, principal partido de oposição que anunciou sua saída do Parlamento por causa dos protestos. Ontem foi o quinto dia consecutivo de manifestações lideradas pelos xiitas. Na quinta-feira, pelo menos 5 pessoas morreram e 231 ficaram feridas quando o Exército atacou quem dormia na Praça da Pérola. Os manifestantes exigem a deposição da monarquia de Hamad bin Isa al-Khalifa e reformas políticas e sociais. "Esse momento é de sentar e estabelecer um diálogo", disse o príncipe herdeiro, Salman bin Hamad al-Khalifa, à televisão estatal ontem. Segundo o canal libanês Al-Manar, pelos menos dois dos feridos no tiroteio de ontem estão em estado grave. Cerca de mil pessoas agruparam-se em frente ao hospital de Salmaniya, que atendeu as vítimas. Segundo a EFE, ambulâncias que traziam feridos à unidade eram impedidas de retornar ao local por forças de segurança bahreinitas.

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