25 de agosto de 2010 | 04h47
MANILA - A chefia da polícia filipina afastou nesta quarta-feira, 25, do serviço quatro dos oficiais que estiveram à frente da polêmica operação que terminou com a morte de oito reféns dos 25 que foram sequestrados a bordo de um ônibus em Manila.
O chefe superior do departamento, Agrimero Cruz, não identificou os quatro oficiais da polícia, que, segundo disse, permanecerão afastados do serviço até que "sejam conhecidos os resultados" da investigação interna sobre o desenvolvimento da atuação.
A polícia admitiu na terça-feira que houve erros na execução da estratégia para encerrar o sequestro realizado no dia anterior por um ex-oficial do corpo policial com um fuzil, e que foi transmitido ao vivo por canais de televisão de todo o mundo.
Cerca de duas dezenas de soldados da unidade de intervenção imediata da polícia abortaram uma tentativa de penetrar no interior do ônibus quando o sequestrador abriu fogo, e durante aproximadamente uma hora aguardaram do lado de fora do veículo.
A atuação policial para encerrar um sequestro que durou cerca de 12 horas e que terminou quando o sequestrador foi morto por um disparo, foi duramente criticada pelos governos de Pequim e Hong Kong, que nesta quarta repatriou os corpos das oito vítimas e os sobreviventes.
O presidente filipino, Benigno Aquino, defendeu na terça-feira a atuação da Polícia após a repulsa de Hong Kong e Pequim, embora tenha ordenado a abertura de uma investigação sobre a gestão policial da crise.
O sequestrador, Rolando Mendoza, de 55 anos e ex-capitão condecorado em dez ocasiões, pretendia ser readmitido na polícia e queria a revisão do caso que causou seu afastamento da corporação, em 2008, após ser envolvido em um escândalo de robo e tráfico de drogas.
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