
12 de novembro de 2018 | 05h10
A polícia de Queensland, na Austrália, anunciou neste domingo, 11, a prisão da primeira pessoa no inusitado caso de sabotagem da produção de morangos do país com agulhas, que foram colocadas de propósito e escondidas nas frutas para afetar as empresas e os agricultores.
My Ut Trinth, de 50 anos, foi presa sob a suspeita de ser a dona da ação que prejudicou a continuidade da produção de morangos, na Austrália. Ela pode pegar pena máxima de dez anos de prisão, caso o crime se confirme, informou a polícia local, após anunciar as acusações contra a detida.
My Ut Trinth foi indiciada por sete acusações por "contaminação de produtos, com a circunstância de agravamento", disse em entrevista coletiva Jon Wacker, chefe da divisão de Narcóticos e Crimes Graves da Polícia de Queensland, no nordeste do país.
A mulher é ex-funcionária do setor de morangos e a principal hipótese é que a sabotagem seria uma espécie de vingança do lugar que ela trabalhou anteriormente. Ela prestou depoimento no tribunal de Brisbane e a decisão foi a de negar a liberdade condicional até a próxima audiência no final do mês.
Segundo Wacker, foram denunciados 320 casos de sabotagem na Austrália, afetando 68 marcas, 49 delas do estado de Queensland. A sabotagem de morangos obrigou um recall por parte das maiores produtoras e a retirada de milhares de cestinhas desta fruta dos supermercados da Austrália.The Queensland Police Service has charged a 50-year-old woman following a complex investigation into the alleged contamination of strawberries in Queensland. https://t.co/FRZOxm9wmf pic.twitter.com/0edtPrS9dk — Queensland Police (@QldPolice) 11 de novembro de 2018
Com isso, osagricultores tiveram que descartar várias toneladas dos seus cultivos para a segurança dos próprios clientes. Na Nova Zelândia também foram detectados alguns casos isolados e as autoridades do país pararam temporariamente a venda dos morangos australianos. / EFE
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