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Polícia britânica acredita ter detido líder da Al Qaeda no país

A imprensa britânica divulga uma série de rumores atribuídos a fontes policiais difíceis de serem confirmadas

Por Agencia Estado
Atualização:

Fontes dos serviços de segurança acreditam ter detido o chefe da Al Qaeda no Reino Unido, enquanto outras advertem que mais de 24 células terroristas continuam em liberdade apesar do desmantelamento nesta semana de um suposto complô para derrubar até nove aviões durante seus vôos. A imprensa britânica divulga neste domingo uma série de rumores atribuídos a fontes policiais britânicas e paquistanesas difíceis de serem confirmadas. Dessa maneira, a publicação The Sunday Times assegura que um dos detidos na operação de quinta-feira é suspeito não só de ser o cérebro do frustrado complô, mas também de outros potenciais massacres que não chegaram a acontecer. Funcionários da seção antiterrorista do M15 (serviços britânicos de inteligência) acreditam que o indivíduo em questão, que não pode ter seu nome divulgado por motivos legais, foi quem enviou o líder de outra trama prévia para treinamentos em um acampamento para terroristas do Paquistão. Os agentes britânicos atribuem a ele a liderança de uma rede terrorista na qual estão implicadas células da Caxemira, do Magrebe e do Iraque, que operam em solo britânico. Ao mesmo tempo, a publicação diz que um segundo suspeito "desempenhou um papel importante na obtenção de apoio à jihad iraquiana" e afirma que outro indivíduo entrou há dois anos no Reino Unido para apoiar os radicais que desejam viajar ao Iraque para participar da "guerra santa" contra o Ocidente. A diretora geral do MI5, Eliza Manningham-Buller, considera o interrogatório do suposto líder da Al Qaeda na Grã-Bretanha, assim como o de seus parceiros, a linha de investigação mais importante que acontece neste momento. Os detidos na quinta-feira passada - 24, dos quais um foi posto em liberdade - pretendiam, segundo fontes policiais, levar para até nove aviões com destino aos Estados Unidos substâncias químicas que seriam misturadas a bordo e transformadas em explosivos capazes de abrir buracos nas fuselagens. Segundo o jornal dominical The Observer, a Polícia continua à caça de "24 de células terroristas" que continuam em liberdade e que poderiam realizar atentados a qualquer momento. Fontes dos serviços de inteligência paquistanesas citadas por essa publicação afirmam que um dos detidos tinha chamado a atenção da Polícia britânica por causa dos atentados terroristas que aconteceram em 2005 na capital britânica. A Scotland Yard (Polícia metropolitana de Londres) está à procura de possíveis relações entre os atentados suicidas de 7 de julho e a trama desarticulada há poucos dias. Por outro lado, o Observer revela que os serviços de informação britânicos utilizaram um colaborador da comunidade islâmica deste país para descobrir o complô. Segundo fontes paquistanesas, o informante em questão permitiu a detenção nesse país de Rashid Rauf, empresário baseado em Birmingham que pode ter vínculos com a Al Qaeda no Afeganistão. Rauf é irmão de Tayib Rauf, detido em Birmingham em relação com o suposto complô. Fontes paquistanesas afirmam que este último foi interrogado pela Polícia na Grã-Bretanha por causa dos atentados de 2005, algo que a Scotland Yard não confirma. Depois de chegar ao Paquistão há poucas semanas, Rashid Rauf foi submetido a estreita vigilância, sendo que suas ligações telefônicas à Grã-Bretanha e suas comunicações pela internet foram interceptadas pelas forças de segurança, o que facilitou a desarticulação do complô. Imediatamente depois de Rauf ser detido no Paquistão, perto da fronteira afegã, um de seus cúmplices aparentemente ligou aos implicados britânicos no complô para que pusessem em andamento o plano de atacar os aviões. Nesse momento, a Polícia britânica, que vigiava o grupo de suspeitos, considerou que era imprudente esperar mais e efetuou a operação.

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