A Scotland Yard anunciou nesta quinta-feira ter desvendado um plano para explodir aviões em pleno vôo. De acordo com a polícia londrina, extremistas detonariam bombas embarcadas como bagagem de mão. Segundo informações policiais, após vários meses de investigações altamente sigilosas, 18 pessoas teriam sido presas em Londres e redondezas. O plano visaria principalmente os vôos entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, de acordo com os investigadores. Diante da ameaça, o governo britânico elevou o alerta de ataques terroristas de "severo" para "grave", o mais alto possível - o que significaria que os supostos ataques estariam próximos de acontecer. Medidas especiais de segurança foram tomadas em todos os aeroportos britânicos. Passageiros não estão sendo autorizados a embarcar com bagagens de mão, apenas com documentos e utensílios essenciais que são carregados em sacos plásticos transparentes. Além disso, estão sendo feitas duas revistas minuciosas antes do embarque nas aeronaves. De acordo com o jornalista Joe Lynam, da BBC, "não se pode embarcar com praticamente nada". "Tudo está sendo verificado: celulares, iPods, carteiras. Até caixas de óculos estão tendo que ser abertas", disse Lynam, que embarcou no aeroporto Gatwick, no sul de Londres. Uma nota oficial da Scotland Yard afirma que a operação é "longa e complexa". "Gostaríamos de assegurar que a operação foi executada com a segurança pública como prioridade para nós. É uma grande operação, inevitavelmente longa e complexa", diz o comunicado. No dia 7 de julho, Londres completou um ano dos atentados a bomba ao sistema de transportes da cidade, no ano passado, que deixou 26 mortos e mais de 300 feridos.