Polícia britânica diz que novichok foi encontrado na casa de uma das vítimas

Garrafa com substância neurotóxica foi encontrada em um bote na casa de Charlie Rowley, que está internado; sua companheira morreu intoxicada

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Por Redação
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LONDRES - A polícia britânica informou nesta sexta-feira, 13, que a substância conhecida como Novichok, com a qual um casal foi envenenado em 30 de junho em Amesbury (Inglaterra), foi encontrada em um pequeno bote achado na casa de uma das vítimas.

Imagem do arquivo pessoalde Charles Rowley, que recobrou a consciência Foto: AFP PHOTO / FACEBOOK PAGE OF CHARLES ROWLEY

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Em comunicado, a polícia disse que em 11 de julho encontrou "uma pequena garrafa durante a revista na casa de Charlie Rowley em Amesbury", que foi levada até o Laboratório de Defesa, Ciência e Tecnologia em Porton Down em Wiltshire (a Inglaterra) para realizar a correspondente análise.

"Depois dos exames, os cientistas confirmaram que a substância contida na garrafa é Novichok. Serão realizados mais testes científicos para tentar determinar se é do mesmo lote que contaminou o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Yulia, em março", disseram as autoridades, que trabalham sobre essa linha de investigação.

De acordo com a nota, as investigações policiais se centram agora em determinar "de onde veio a garrafa e como chegou à casa de Charlie".

Segundo a polícia já tinha antecipado, os dois britânicos intoxicados devem ter entrado em contato com uma "dose alta" do agente nervoso.

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A busca pelo recipiente foi realizada por agentes do departamento antiterrorista da Scotland Yard e acredita-se que o pequeno barco seja o ponto de partida do envenenamento do casal, quatro meses depois do ataque contra o ex-espião russo no município inglês de Salisbury.

O governo britânico responsabilizou a Rússia por esse ataque e o ministro do Interior britânico, Sajid Javid, pediu explicações a esse país após a intoxicação dos dois britânicos.

Contudo, Javid afirmou que "não há planos" de impulsionar novas sanções contra a Rússia, enquanto o Kremlin nega qualquer relação com o fato. / EFE

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