Polícia britânica investiga 50 suspeitos de matar prostitutas

Para detetive que dirige o inquerito, investigação avança, mas pode durar meses

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia britânica diminuiu nesta sexta-feira, 15, para aproximadamente 50 o número de suspeitos de terem cometido os assassinatos de cinco prostitutas na cidade inglesa de Ipswich nos últimos dias. As fontes policiais ouvidas pelos meios de comunicação britânicos negaram revelar o número exato de suspeitos. Porém, eles disseram que estão investigando de perto os movimentos dessas pessoas, a maioria clientes das prostitutas. Em uma coletiva de imprensa, o detetive que dirige as investigações, Stewart Gull, disse que a polícia tem vigiado várias pessoas. Ele acrescentou, porém, que ainda não havia interrogado nenhum suspeito. "Temos um grupo de suspeitos. Alguns são da região e outros não. Alguns não são clientes" das vítimas. "Estamos fazendo bons progressos", afirmou Gull, que reconheceu que a investigação, em que estão envolvidos mais de 300 agentes de mais de 20 polícias do país, poderia durar "meses". Auxílio do governo Prostitutas do leste da Inglaterra estão recebendo ofertas de ajuda material para saírem das ruas enquanto a polícia caça o serial killer, disseram autoridades nesta sexta-feira. Algumas prostitutas ignoraram os alertas policiais e continuaram trabalhando, muitas para alimentar vícios em drogas, apesar da descoberta de cinco corpos em menos de uma semana na região. A polícia, o governo local e o serviço de saúde estão entregando vales-refeição, créditos de celulares e metadona (droga que substitui a heroína) para incentivá-las a ficarem em casa. Elas também serão orientadas sobre como solicitar benefícios públicos e auxílio-moradia. "Não é dinheiro vivo", disse uma porta-voz do Conselho do Condado de Suffolk, a autoridade local. "Trata-se de garantir que estamos fazendo de tudo para que elas não tenham de ir para as ruas." Mas várias prostitutas se dizem obrigadas a correr riscos porque precisam comprar drogas. "Estarei morta em 10 anos de qualquer forma", disse Suzanne, 25, ao jornal Daily Mail. "Seja pelas drogas, ou nas mãos de algum maluco, bem, não faz muita diferença. Se acontecer, aconteceu." Especialistas estão realizando exames nos corpos de duas vítimas, Gemma Adams, 25, e Tania Nicol, 19, para descobrir se elas estavam drogadas ao serem mortas. Os resultados devem levar várias semanas. As mulheres poderiam estar muito drogadas, segundo a imprensa, porque não há sinais de luta ou ferimentos sugerindo que elas tentaram reagir. O assassino está sendo chamado de "O Estrangulador de Suffolk", embora ainda não se saiba precisamente como todas as cinco mulheres foram mortas. Anneli Alderton, 24, foi estrangulada, e Paula Clennell, também de 24 anos, foi morta por "compressão no pescoço", segundo os detetives. A polícia identificou o quinto corpo como sendo de Annette Nicholls, 29, desaparecida desde 4 de dezembro. Matéria ampliada às 16h57

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