30 de outubro de 2013 | 09h29
PEQUIM - A polícia da China prendeu nessta quarta-feira, 30, cinco suspeitos de um atropelamento que matou dois turistas e deixou 40 feridos anteontem , informou a agência oficial de notícias Xinhua. Segundo a imprensa estatal, o caso foi considerado um ato de terrorismo.
As autoridades detiveram os suspeitos cerca de 10 horas após o incidente, informou a agência nesta quarta-feira, acrescentando que os ocupantes do carro eram um homem chamado Usmen Hasan, sua mãe e sua esposa. Todos morreram no acidente. O incidente, ocorrido em frente a um portão da Cidade Proibida, na praça Tiananmen, também matou dois turistas e deixou 40 feridos, segundo informações oficiais.
A polícia de Pequim apreendeu latas de gasolina, barras de ferro, dois cutelos e faixas com slogans extremistas que estavam no veículo usado no ataque, informou a Xinhua. A polícia identificou o veículo usado como um Jeep com placas da região ocidental de Xinjiang, região de minoria islâmica separatista.
Xinjiang abriga principalmente muçulmanos uigures, uma minoria étnica turca que nas últimas décadas tem realizado uma esporádica e às vezes violenta campanha contra o governo chinês. Militantes uigures já realizaram ataques com bombas, assassinatos e outras ações violentas em Xinjiang, mas o ataque de segunda-feira foi o primeiro em Pequim deste o final da década de 1990.
A reportagem da Xinhua não identifica a procedência dos três mortos e dos cinco suspeitos detidos, mas eles têm nomes que parecem ser uigures. A polícia de Pequim contou com a ajuda da polícia de Xinjiang para rastrear os cinco suspeitos, declarou a Xinhua. Faixas convocando a "jihad", facas lonas e outros objetos foram encontrados no local onde os suspeitos foram capturados, afirmou a agência. /AP
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