Polícia contém manifestantes em Davos

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Por Agencia Estado
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Apesar da proibição de manifestações de protesto, por volta do meio-dia algumas centenas de pessoas, com máscaras de plástico branco, tentaram organizar uma passeata a cerca de um quilômetro do centro de conferências de Davos, uma singela estação de esqui. Às 14 horas, já era muito difícil encontrar qualquer manifestante nas ensolaradas ruas cobertas de neve. O fracasso da manifestação é resultado da estratégia de segurança montada para proteger o Fórum Econômico Mundial. Entre o local das conferências e o Sheraton hotel, na extremidade da rua principal, a polícia instalou uma sequência de cinco cercas metálicas com mais de 2 metros de altura, guardadas por policiais armados, carros reforçados com grades frontais e um caminhão lança-jatos. Quando a manifestação começou, a polícia permitiu que os manifestantes, alguns dos quais carregavam cartazes e faixas com os dizeres "Dinheiro, poder, lucro destrói nosso mundo", passassem pela primeira cerca. Em seguida, avisou que o movimento era ilegal e que seus participantes poderiam ser alvo de bombas de gás, jatos de água e balas de borracha. Em pouco tempo, o grupo se dispersou, diante do grande número de pessoas que havia ido assistir ao protesto. Há muito não se via na Suíça um esquema de segurança tão grande. A operação, que procurava evitar uma repetição das violentas manifestações como as de Seattle e Praga, acabou sendo vista como um ataque à liberdade civil. Pela manhã, antes do protesto, houve uma reunião no fórum alternativo instalado em uma clínica para tratamento de asma. Um dos vários temas discutidos foi a situação dos bancos que fizeram bons negócios há alguns anos com o antigo regime racista da África do Sul. No debate, foi proposto que os bancos cancelassem débitos remanescentes ou devolvessem o dinheiro a aquele país como compensação.

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