Polícia da Moldávia prende suspeitos de tentar vender urânio

Seis homens são acusados de arquitetar a venda de urânio que pode ser usado em bomba; África era possível destino.

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Por BBC Brasil
Atualização:

A polícia da Moldávia, no leste europeu, prendeu nesta quarta-feira seis pessoas suspeitas de tentar vender um tipo de urânio que pode ser usado na produção de armas nucleares. Os detentos são acusados de arquitetar a venda de mais de 1 kg de urânio-235, por ao menos US$ 20 milhões, segundo as autoridades do país. Não está claro o nível de enriquecimento da substância. Havia relatos conflitantes quanto ao destino do urânio: não está claro se os acusados tentaram vender o material a um país africano (possivelmente um país do norte do continente) ou a um cidadão africano. Quatro dos suspeitos são moldávios; outros dois são da região separatista Trans-Dniester (que fica no leste da Moldávia e que aspira a se unir à Rússia) - um dos quais tem cidadania russa, disse a jornalistas o ministro do Interior moldávio, Vitalie Bricerag. A polícia local já havia apreendido, no ano passado, 1,8 kg de urânio-238 na capital do país, Kichinev. Esse tipo de urânio é o mais comumente encontrado - é a substância em sua forma natural. O tipo usado como combustível nuclear e em armas é o urânio-235. Compradores Segundo Bricerag, a substância apreendida nesta quarta-feira estava há uma semana na capital moldávia. "Por todo esse tempo os intermediários estiveram procurando compradores. O contêiner (com o urânio) foi encontrado no apartamento dos suspeitos." Alemanha, Ucrânia e Estados Unidos ajudaram a Moldávia na investigação do caso, segundo ele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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