Polícia de Londres prendeu mais de 800 pessoas por onda de violência

Cerca de 330 foram detidas em outras áreas onde houve distúrbios; polícia atuará com 'força total'

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Atualização:

Policiais patrulham região de Salford, perto de Manchester

 

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LONDRES - A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) informou nesta quarta-feira, 10, que 805 pessoas foram presas por envolvimento na onda de violência que tomou conta da capital britânica e de outras cidades desde a noite do sábado devido à morte de um vigia em Tottenham, no norte londrino. As autoridades disseram que 251 desses detidos já foram indiciados formalmente.

 

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A secretária do Interior, Theresa May, ordenou a suspensão das folgas de todas as unidades de polícia para que as forças de segurança trabalhassem com força total. "Colocar o número máximo de policiais nas ruas deve ser uma prioridade" nas zonas afetadas, disse ela em reunião com autoridades de segurança.

 

Desde a terça-feira, Londres recebeu um grande reforço policial e 16 mil oficiais estavam nas ruas para evitar novos tumultos e saques. Além da capital, cidades importantes como Bristol, Leeds, Liverpool, Manchester e Birmingham registraram incidentes violentos.

 

Além das prisões em Londres, as autoridades informaram que 113 pessoas foram detidas na zona de Manchester, 50 em Liverpool e 163 na área de West Midlands, sendo 109 destas em Birmingham. A Scotland Yard informou que 111 oficiais, cinco cachorros policiais e 14 civis foram feridos durante os quatro primeiros dias de distúrbios.

 

Na noite da segunda, uma pessoa morreu baleada em Croydon, no sul londrino. Nesta quarta, três muçulmanos de 21, 30 e 31 anos morreram atropelados por um carro que tentava escapar de uma rua onde ocorriam saques em Birmingham.

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A onda de violência teve como estopim a morte de um vigia, baleado por policiais em Tottenham, no norte de Londres. Desde então os distúrbios cresceram e se espalharam, mas políticos e civis alegam que muitas pessoas se juntaram aos tumultos apenas para participar dos saques, no que se tornaram eventos de "vandalismo puro e sem razão". Algumas pessoas dizem que tais incidentes também são influenciados pelas condições financeiras ruins de alguns bairros da capital.

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