Polícia de Mumbai identifica terroristas

Fotos e dados sobre os 9 militantes mortos confirmariam tese do governo indiano de que todos eram paquistaneses

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Por AP e Mumbai
Atualização:

A polícia indiana identificou ontem os nove militantes islâmicos que, entre os dias 26 e 29, aterrorizaram Mumbai e acabaram mortos pelas forças de segurança. Com a divulgação de fotos e dos locais de origem dos acusados, Nova Délhi confirmaria a tese de que todos os agressores seriam paquistaneses, aumentando a pressão para que o Paquistão feche o cerco aos responsáveis pelos ataques. Os homens identificados pelo chefe da polícia de Mumbai, Rakesh Maria, têm entre 20 e 28 anos e, em sua maioria, são originários da província paquistanesa do Punjab, perto da Caxemira e da fronteira indiana. O chefe da polícia exibiu fotos de documentos e dos cadáveres de oito dos acusados e revelou os codinomes que eles teriam usado na operação. Segundo o oficial, o corpo do nono militante estaria queimado demais para ser mostrado à imprensa. Apenas um dos dez terroristas que atacaram Mumbai, Ajmal Amir Kasab, sobreviveu aos atentados e acabou preso. Segundo a polícia, o líder da operação seria Ismail Khan, "veterano" do grupo islâmico Lashkar-i-Taiba - organização apontada pela Índia e pelos EUA como responsável pela série de ataques, que deixou 173 mortos. Nascido no noroeste do Paquistão, Khan tinha 25 anos e participou do cerco à estação de trem de Chhatrapati Shivaji. O mais jovem do grupo, identificado apenas como Shoaib, tinha 20 anos e foi um dos terroristas que atacaram o Hotel Taj Mahal. A polícia também revelou ontem que os 10 terroristas faziam parte de um grupo de 30 militantes treinados para ações suicidas. O Paquistão intensificou nos últimos dias o combate ao Lashkar-i-Taiba. Na segunda-feira, forças paquistanesas prenderam o suposto mentor dos ataques em Mumbai,Zaki-ur-Rehman Lakhvi, e outros 20 militantes. Mas Islamabad negou que extraditará paquistaneses para a Índia, como havia solicitado Nova Délhi.

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