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Polícia desarticula rede que levava brasileiras para a Espanha

Policiais prenderam dois espanhóis e duas brasileiras acusados de cooptar mulheres no Brasil e de levá-las para se prostituírem na cidade de Zaragoza

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia da Espanha deteve dois espanhóis e duas brasileiras, desarticulando uma rede acusada de cooptar mulheres no Brasil e de levá-las para se prostituírem em um estabelecimento na cidade de Zaragoza. Segundo informações dadas neste sábado pela Polícia, as investigações começaram em maio, após a denúncia de uma brasileira que foi vítima de uma rede dedicada à imigração ilegal e à exploração sexual de mulheres de sua nacionalidade no clube "Tony´s" de Zaragoza, no centro-leste da Espanha. Posteriormente, outra mulher procurou a polícia fazendo as mesmas denúncias. A organização atuava aliciando jovens brasileiras, principalmente no estado do Mato Grosso, através de parentes. Através de uma agência de envio de dinheiro, os principais integrantes da rede mandavam a quantidade necessária para o pagamento das passagens de avião e dos trâmites necessários para as vítimas obterem os passaportes. As meninas chegavam à Espanha com uma dívida de aproximadamente 4 mil euros, que tinham que pagar trabalhando nos bordéis. A Polícia revistou o clube "Tony´s" e a sede da agência de envio de dinheiro "Titãs Casa de Câmbio", também em Zaragoza. Os detidos são os espanhóis Fulgencio G.B., de 56 anos, e Andrés M.N., de 46, além das brasileiras Patricia B.A. e Alessandra C.O., ambas de 28 anos. Fulgencio e Patricia estão sendo acusados de crimes relativos à prostituição e contra os direitos dos cidadãos estrangeiros e dos trabalhadores. Já Alessandra foi acusada de crime contra os direitos dos cidadãos estrangeiros e Andrés, de lavagem de dinheiro.

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