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Polícia dispara gás lacrimogêneo em protesto de Teerã

Governo reprimiu evento da oposição alegando que tem motivação política.

Por BBC Brasil
Atualização:

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, manifestou na noite de segunda-feira apoio "claro e direto" aos milhares de manifestantes que saíram às ruas do Irã em um protesto que havia sido proibido pelas autoridades do país. Dezenas de pessoas foram presas nesta segunda em Teerã, em marcha convocada originalmente por líderes oposicionistas para mostrar apoio às mudanças ocorridas na Tunísia e no Egito. Mas o evento iraniano acabou se transformando numa demonstração de descontentamento contra o regime do presidente Mahmoud Ahmadinejad. "O que vemos no Irã hoje é uma prova de coragem do povo iraniano e da hipocrisia do regime iraniano - um regime que nas últimas semanas elogiou o ocorrido no Egito", declarou Hillary a jornalistas em Washington. Horas antes, ela havia dito também que os manifestantes iranianos "merecem ter os mesmos direitos que viram ser exercidos no Egito". Não se sabe ao certo o número de manifestantes que foram às ruas "Acreditamos que deve existir um compromisso para a abertura do sistema político do Irã, para que sejam ouvidas as vozes da oposição e da sociedade civil", declarou. Os policiais iranianos usaram golpes de cassetete e bombas de gás lacrimogêneo para conter a multidão, que se reuniu em vários pontos de Teerã. As autoridades cortaram a eletricidade e bloquearam o funcionamento de telefones celulares no centro da capital. A BBC recebeu relatos de protestos similares em outras importantes cidades iranianas, como Isfahan, Mashhad e Shiraz. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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