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Polícia dispersa protesto contra assassinatos nas Filipinas

Desde 2001 foram assassinados no país 679 civis e mais de 40 jornalistas

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 3 mil manifestantes que protestavam contra a onda de assassinatos de militantes de esquerda nas Filipinas foram dispersados pela polícia com jatos de água, quando se aproximavam do Palácio de Malacañang, sede do governo. Tonyo Cruz, porta-voz do partido de esquerda Bayan Muna, disse que várias pessoas foram feridas na ação policial. Na quinta-feira, morreram baleadas por desconhecidos as duas últimas vítimas, um militante de esquerda e a diretora de um colégio, na província de Isabela, 330 quilômetros a nordeste de Manila. Os manifestantes, convocados por grupos e organizações de esquerda, chegaram à histórica ponte de Mendiola, local tradicional de protestos. Mas, 20 minutos depois, foram dispersados pela polícia. "Tirem os fascistas das áreas rurais", era o grito de guerra dos manifestantes, em referência aos numerosos assassinatos nas províncias filipinas. As organizações de direitos humanos e de esquerda responsabilizam o Exército e grupos paramilitares pelos crimes. A organização de direitos humanos Karapatan denuncia que 679 civis foram assassinados por motivos políticos desde 2001, quando Gloria Macapagal Arroyo assumiu o poder. Mais de 40 jornalistas também foram assassinados no mesmo período.

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