Polícia do Chipre interroga russo sobre nitrato de amônio no Líbano

Em 2013, o Rhosus, navio alugado pelo russo com bandeira da Moldávia e procedente da Geórgia, fez escala em Beirute em seu trajeto até Moçambique, com 2.750 toneladas de nitrato de amônio a bordo

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Por Redação
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NICÓSIA - A polícia do Chipre informou nesta quinta-feira, 6, que interrogou o russo Igor Grechushkin, após a divulgação de informações que o relacionam ao navio que transportou as 2,7 mil toneladas de nitrato de amônio cuja explosão devastou a capital libanesa.

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"Autoridades do Líbano nos pediram para localizar esse indivíduo e interrogá-lo, o que fizemos", disse um porta-voz da polícia à agência France Presse. "Suas respostas foram enviadas àquele país", assinalou.

Grechushkin não foi preso, apenas respondeu a perguntas sobre a carga do navio, a pedido do escritório da Interpol no Líbano. A explosão devastadora de anteontem aconteceu em um hangar que armazenava toneladas de nitrato de amônio havia seis anos sem medidas de precaução, segundo autoridades.

Navio envolto em chamas no porto de Beirute após a explosão na capital Foto: AFP

Em 2013, o Rhosus, navio com bandeira da Moldávia e procedente da Geórgia, fez escala em Beirute em seu trajeto até Moçambique, com 2.750 toneladas de nitrato de amônio a bordo, segundo uma fonte da segurança libanesa. Autoridades portuárias de Moçambique negaram terem sido informadas sobre a possível chegada do navio.

Segundo a imprensa, Grechushkin havia alugado o navio, obrigado a atracar em Beirute devido a um buraco em seu casco. De acordo com a página Marine Traffic, o navio chegou em 20 de novembro de 2013 e não voltou a zarpar. 

Segundo fontes da segurança libanesa, quando o navio se dirigia a Beirute, uma empresa do Líbano teria denunciado a empresa à qual ele pertencia, obrigando a Justiça local a apreender a embarcação. A carga foi armazenada em um hangar, e o navio, danificado, acabou afundando./AFP 

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