Polícia do Iêmen entra em confronto com manifestantes

Este já é o segundo dia seguido de protestos contra o governo de Ali Abdullah Saleh

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Por AE
Atualização:

SANA - A polícia do Iêmen entrou em confronto neste domingo, 13, com manifestantes contrários ao governo, que pedem reforma política e a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh pelo segundo dia seguido. Milhares de pessoas, a maioria estudantes universitários, tentou chegar à praça central da capital Sanaa, mas foram contidas pela polícia.

 

O protesto, que até o meio da manhã local ocorria pacificamente, tal como comprovou a Agência Efe, participavam cerca de 5 mil pessoas dentro do recinto universitário.

 

Ali, vá embora!", gritavam os oposicionistas. "Nossa reivindicação é clara: queremos mudanças".

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No sábado, simpatizantes do presidente iemenita dissolveram com armas brancas um protesto da oposição no centro de Sana.

A deposição do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, depois de 18 dias de protestos levantou questões sobre a estabilidade do Iêmen e de outros governos da região aliados ao Ocidente. Saleh está no poder há três décadas e tentou acalmar a população prometendo que não vai assumir um novo mandato.Testemunhas disseram que vários manifestantes ficaram feridos e 23 foram detidos pela polícia. Esse é o terceiro dia seguido de protestos contra o governo no Iêmen.

 

O Iêmen é uma das nações do Oriente Médio que mais riscos corre em caso de grave desestabilização política. O regime de Saleh está exposto às contínuas ações da rede terrorista Al-Qaeda, que tem bases neste país, em busca da separação do território meridional e de uma rebelião xiita no norte.

 

No último dia 2, a pressão dos grupos de oposição forçou Saleh a desistir de reformas constitucionais que buscava realizar para poder se manter no poder.

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Presidente do Iêmen desde a unificação entre o norte e o sul, em 1990, Saleh foi reeleito em 1999 e 2006. A atual Constituição, aprovada em 1991, não permite ao presidente buscar uma nova reeleição no pleito de 2013. Com informações da Associated Press e Efe.

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