Polícia espanhola acha carro com 100 kg de explosivos

Bomba foi encontrada em uma localidade do País Basco, pronta para ser utilizada

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Por Agencia Estado
Atualização:

As autoridades espanholas encontraram hoje em uma localidade do País Basco (norte) uma bomba com 100 quilos de explosivo pronta para "ser utilizada de forma imediata", informaram fontes oficiais. O departamento de Interior do País Basco informou que o explosivo foi encontrado próximo de um automóvel no vale de Atxondo, na província basca de Vizcaya. Segundo a fonte, o veículo pode ser o mesmo usado e abandonado pelo comando da organização terrorista ETA que preparou um esconderijo descoberto pela Ertzaintza (Polícia regional basca) no dia 23 de dezembro de 2006 na localidade de Amorebieta. Esta descoberta acontece menos de cinco dias após a ETA cometer um atentado com explosivos no aeroporto madrileno de Barajas, que deixou um equatoriano morto e outro desaparecido, após nove meses do cessar-fogo declarado pelo grupo terrorista. A bomba localizada nesta quinta-feira estava no interior de uma vasilha a cerca de cem metros de distância do automóvel e era composta por quase cem quilos de explosivo, na sua maior parte amonal reforçada por outras substâncias. As mesmas fontes disseram que o recipiente era na verdade "uma bomba já preparada e disposta para ser usada de forma imediata", já que "só faltava acrescentar o sistema de detonação". Dentro do porta-malas do veículo, estacionado em um estacionamento de Atxondo, os agentes encontraram vários objetos, entre eles pedras pequenas, aparentemente preparadas para serem usadas como estilhaços da bomba, assim como placas falsificadas. O veículo havia despertado várias suspeitas ao ficar muito tempo estacionado no mesmo lugar, segundo as mesmas fontes, que disseram que em uma primeira inspeção os agentes detectaram várias manchas de uma substância - um componente químico usado na fabricação de explosivos. Segundo as primeiras investigações, a tampa da bomba encontrada hoje estava no esconderijo encontrado no dia 23 de dezembro. O atentado do último sábado deixou um equatoriano morto, Carlos Alonso Palate, de 34 anos - cujo corpo será enviado hoje para o Equador -, enquanto um compatriota dele, Diego Estacio, de 19 anos, continua desaparecido. A ação terrorista perpetrada em Madri representa o fim de um processo de paz que o presidente do Governo, José Luis Rdríguez Zapatero, havia apoiado para tentar acabar com quatro décadas de violência nas quais a ETA assassinou mais de 800 pessoas.

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