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Polícia espanhola detém dois marroquinos em processo de 'radicalização'

Homens de 43 e 22 anos tinham forte atuação na internet para recrutar pessoas interessadas em cometer atentados terroristas

Atualização:

MADRI - A Polícia da Espanha deteve dois marroquinos na madrugada de terça-feira, 23, em Madri. Os suspeitos se encontravam em "avançado e perigoso processo de radicalização", informou o Ministério do Interior. 

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Com 43 e 22 anos, eles constituíam uma "célula terrorista especializada em realizar a jihad eletrônica", que consiste em difundir material audiovisual orientado à captação de adeptos para a organização terrorista Estado Islâmico (EI). 

Segundo o ministério, eles estariam em breve aptos para ser combatentes "inghimasi", ou seja, pessoas preparadas para cometer atentados terroristas em solo europeu seguindo o modus operandi utilizado na Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido, com ações suicidas ou artefatos explosivos caseiros. 

Um dos detidos tinha contato "contínuo e incessante" em mais de 100 websites orientados ao treinamento terrorista do Estado Islâmico. Ele consumia muito material audiovisual, como tutoriais sobre procedimentos para produzir artefatos explosivos com substâncias de fácil acesso, o que evidenciava um "avançado estado de radicalização e periculosidade". 

Apesar de ter um círculo muito reduzido de amigos, "já que passava a maior parte do tempo fechado em sua casa", os investigadores detectaram que ele mantinha contato com o segundo detido, que também tina ideias radicais e era bastante ativo na rede. 

A operação ocorre no âmbito da luta da Polícia Nacional contra o terrorismo jihadista em todas as suas formas, tais como células jihaditas e redes de captação no mundo virtual. 

O ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, informará sobre as detenções em uma coletiva de imprensa. Desde 26 de junho de 2015, data em que o ministério elevou para 4 o nível de alerta anti-terrorista, foram detidos 164 terroristas jihadistas em operações realizadas na Espanha e no exterior. Desde o início de 2015, as prisões totalizam 212. / EFE

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