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Polícia filipina chega a acordo com seqüestrador de crianças

Ducat critica políticos por esquecerem as necessidades de educação e saúde do país

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia nas Filipinas afirmou nesta quarta-feira, 28, que chegou a um acordo com o dono de uma creche que está mantendo 31 crianças e dois professores de seu estabelecimento como reféns em um ônibus na capital, Manila. O homem, identificado como Jun Ducat, está armado e tomou o ônibus nesta quarta-feira quando as criança e os professores seguiam para um passeio pela cidade. A polícia disse que Ducat concordou em libertar as crianças e se render nas próximas horas. Em troca, ele teria permissão para realizar uma vigília à luz de velas. Ducat disse a uma emissora de rádio através de seu telefone celular que quer educação e moradia para as 145 crianças da creche. "Eu amo estas crianças, é por isto que estou aqui", afirmou. "Eu não vou começar a atirar." Cartazes O ônibus está cercado por policiais e pais das crianças. A comunicação entre a polícia e o seqüestrador está sendo feita através de alto-falantes e cartazes. O seqüestrador escreveu que possui uma metralhadora Uzi, um revólver e duas granadas. Um menino que estava com febre foi liberado. Imagens da televisão filipina mostram as crianças acenando de dentro do ônibus e policiais entregando sorvetes para serem distribuídos a elas. Autoridades disseram que Jun Ducat esteve envolvido em outro incidente com reféns, há vinte anos. Esta é a segunda tomada de reféns em Manila em duas semanas. No dia 14 deste mês, um fuzileiro tomou quatro reféns em um tribunal em um caso de despejo. Negociações Um senador filipino foi o responsável pelas negociações com o seqüestrador. Ducat respondeu que queria uma vigília, com velas. Antes, a polícia tinha aceitado instalar o sistema de microfonia através do qual Ducat discursou, criticando os políticos das Filipinas por não cumprirem as suas promessas e se esquecerem das necessidades de educação e saúde do país. Após uma conversa de 40 minutos, conseguiu a libertação do motorista e de uma das 32 crianças, que estava com febre. O seqüestro, segundo Ducat, foi realizado para exigir que todas as crianças tenham educação gratuita.

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