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Polícia impõe toque de recolher em cidade petrolífera na Nigéria

Por AUSTIN EKEINDE
Atualização:

A polícia determinou nesta sexta-feira toque de recolher ao anoitecer em Port Harcourt, a principal cidade petrolífera da Nigéria, após dezenas de pessoas morrerem em conflitos armados. Até 40 pessoas morreram em tiroteios nas ruas entre soldados e criminosos fortemente armados, na quinta-feira, e os bandidos são esperados de volta na cidade, que serve como base da maior indústria de petróleo da África. "Estou com medo de sair da minha casa", disse o mototaxista Nse Jim. "Os soldados estão em todo lugar, mas se você conhece esses caras ruins, eles vão recomeçar os problemas em dois ou três dias." A polícia informou que o movimento nas ruas será restrito entre 18h e 6h da manhã, até notificação futura. As lojas estavam reabrindo e as pessoas foram às ruas, mas em número menor do que o normal, e o trânsito estava ligeiramente mais tranquilo. Port Harcourt é a maior cidade da indústria de petróleo da Nigéria e empresas petroleiras incluindo a Royal Dutch Shell têm escritório lá. Na cidade também fica a sede de duas de quatro refinarias da Nigéria. As empresas de petróleo disseram aos funcionários que permanecessem em casa, mas os operários nos campos petrolíferos e nos terminais de exportação do oitavo maior país exportador do mundo seguiram inalterados. Após seis dias de conflitos entre gangues rivais na semana passada, a polícia iniciou operações na quinta-feira usando metralhadoras e foguetes em supostos esconderijos dos bandidos na cidade. Jovens armados com rifles, dinamite e facas invadiram cinco bairros da cidade, incluindo uma área ao redor da sede do governo local, e foram expulsos do local pelos militares em helicópteros armados. Sagir Musa, porta-voz dos militares na operação, disse que a situação estava voltando ao normal. "Estamos procurando os esconderijos dos militantes, então no caso de qualquer crise, as forças de segurança estão posicionadas para conter isso no menor tempo", disse ele. (Reportagem adicional de Tom Ashby em Lagos) (Por Austin Ekeinde)

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