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Polícia indiana interroga membros do grupo islâmico Simi

Organização terrorista paquistanesa Lashkar-e-Toiba (LeT) pode ter recebido apoio logístico de ativistas do Simi para executar os ataques de terça-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia indiana interroga, nesta quinta-feira, membros do ilegal Movimento Islâmico de Estudantes da Índia (Simi) por sua suposta participação nos atentados de terça-feira, em Mumbai, informou a agência local "PTI". De acordo com a rede NDTV, as primeiras investigações apontam que o Simi poderia ter oferecido apoio logístico para os ataques que provocaram a morte de 200 pessoas e feriram mais de 700. A brigada antiterrorista da polícia indiana e a polícia de Mumbai acreditam que ativistas do Movimento podem ter ajudado um grupo maior, como a organização terrorista paquistanesa Lashkar-e-Toiba (LeT), a executar os ataques. A polícia está elaborando retratos falados de suspeitos, que devem ser distribuídos em breve. As sete bombas colocadas nos trens foram instaladas nos compartimentos para bagagem e ativadas por temporizadores. Por isso, as ligações de celulares feitas nos arredores dos locais das explosões estão sendo investigadas. Até agora, mais de 100 telefonemas suspeitos foram identificados. A imprensa local, citando fontes policiais, afirma que os explosivos utilizados nos ataques continham o potente RDX (Royal Demolition Explosive). Mas o uso da substância não foi confirmado oficialmente. O Simi mantém relações com outros grupos terroristas islâmicos da região, como o Jamaat-e-Islami e o Harkat-ul-Jehad-al, de Bangladesh. A organização foi proibida pelas autoridades da Índia em setembro de 2001. Mumbai continua em estado de alerta. A segurança foi reforçada e a Polícia e o Exército controlam as entradas e saídas da cidade, além de pontos estratégicos como aeroportos, estações de trem e mercados.

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