Polícia indonésia tinha documentos sobre atentado

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Por Agencia Estado
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A polícia indonésia informa que encontrou documentos, no mês passado, mostrando que extremistas tinham planos de atacar a área em torno do Hotel Marriott de Jacarta, onde um potente carro-bomba foi detonado ontem, deixando pelo menos 10 mortos e 150 feridos. A revelação vem à tona num momento em que autoridades indonésias e australianas alertam para a possibilidade de novos atentados e investigadores apontam indícios de ligação entre os ataques contra Bali, no ano passado, e a ação de ontem, inclusive a possibilidade de uso de um telefone celular para detonar os explosivos. Depois da descoberta dos documentos, as forças de segurança aumentaram as patrulhas pela região em volta do hotel. Entretanto, as medidas de precaução adotadas foram insuficientes para evitar o aparente atentado suicida. "Havia um alerta contra alguns alvos e tentamos nos antecipar ao ataque", disse Prasetyo, porta-voz da polícia de Jacarta. Como muitos indonésios, Prasetyo utiliza apenas um nome. Também nesta quarta-feira, o Nahdlatul Ulama e o Muhammadiyah - maiores grupos islâmicos da Indonésia - condenaram o atentado de ontem e manifestaram seu pesar à família das vítimas. "O ataque contra o Marriott constitui um crime cruel e bárbaro contra a humanidade. Além disso, a ação contraria os valores religiosos", denunciaram os grupos islâmicos por meio de um comunicado conjunto.

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