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Polícia interroga 400 pessoas sobre morte de prostitutas

Cinco prostitutas foram encontradas mortas neste mês em Ipswich, na Inglaterra

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia britânica interrogou na noite do sábado cerca de 400 pessoas de Ipswich sobre o assassinato de cinco prostitutas nos arredores desta cidade do leste da Inglaterra, informou neste domingo o detetive Stewart Gull. Em entrevista coletiva, Gull disse também que, graças às ligações feitas pelos cidadãos, começaram a ser delineados os últimos passos de uma das vítimas, Anneli Alderton, cujas imagens em um trem do vizinho condado de Essex, feitas no dia 3, foram divulgadas no sábado. O detetive renovou o apelo aos cidadãos para que dêem informações sobre as vítimas e relatem a possível localização de peças de roupa que possam ter pertencido às mulheres. Segundo Gull, esses são dois aspectos chave para o avanço da investigação. Cerca de 500 agentes de 31 corpos policiais do país trabalham na apuração dos crimes. As vítimas são Gemma Adams, de 25 anos, encontrada em 2 de dezembro em um córrego em Hintlesham; Tania Nicol, de 19, achada dia 8 na mesmo rio em Copdock; Anneli Alderton, de 24, descoberta dia 10 em Nacton; Paula Clennell, de 24 anos, e Annette Nicholls, de 29, achadas dia 12 em uma floresta de Levington. Segundo a edição deste domingo do jornal The Observer, fontes da Interpol dizem que o autor ou autores do crime podem ter fugido do Reino Unido pelo porto de Felixstowe, próximo a Ipswich. A polícia de Suffolk, que até agora recebeu cerca de 10 mil ligações com informações, investiga atualmente cerca de 50 pessoas. No entanto, nenhuma delas foi interrogada como suspeito. O jornal News of the world ofereceu na quarta-feira uma recompensa de £ 250 mil (? 375 mil) a quem der informações que levem à captura do assassino. A edição deste domingo do jornal afirma que os investigadores querem interrogar um membro do alto escalão da polícia de um condado vizinho a Ipswich, que era cliente habitual de duas das prostitutas mortas, sendo uma delas Paula Clennell. Sobre essa hipótese, Gull limitou-se a dizer que vai interrogar qualquer pessoa que tenha entrado em contato com as vítimas, independente da identidade ou da profissão. Todas as vítimas estavam nuas, mas não mostravam sinais de violência ou agressão sexual. Três delas - Nicol, Adams e Nicholls - foram encontradas com suas jóias. Os investigadores disseram que Clennell foi morta por "pressão no pescoço" e Alderton foi estrangulada, mas ainda não determinaram as causas das mortes de Nicol, Adams e Nicholls.

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