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Polícia invade acampamento de manifestantes no Iêmen

Forças usaram armas e gás lacrimogêneo, mas não conseguiram desalojar oposicionistas

Atualização:

SANAA - A polícia entrou neste sábado, 19, em um acampamento de manifestantes na cidade de Áden, e efetuou disparos com armas de fogo, além de lançar bombas de gás lacrimogêneo, deixando pelo menos 13 pessoas feridas em mais uma medida de repressão contra os oposicionistas ordenada pelo presidente Ali Abdalá Saleh.

 

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A ação ocorreu um dia após os sangrentos confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes na capital do país, que deixaram pelo menos 46 mortos e centenas de pessoas feridas.

 

 

O ataque sugere que Saleh teme que as manifestações, semelhantes às ocorridas na Tunísia e Egito, possam acabar com seus 32 anos de governo.

 

Os Estados Unidos, que há muito tempo contam com Saleh na luta contra o terrorismo, condenaram a violenta repressão.

 

No entanto, as forças de segurança não conseguiram desalojar os manifestantes do acampamento que foi chamado de "a praça Taghyir", que significa mudança, em árabe.

 

Correspondentes expulsos

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Dois correspondentes da rede Al-Jazira foram expulsos do Iêmen, segundo o Ministério da Informação do país. Os dois haviam chegado dias antes para cobrir as manifestações contra o governo. Os jornalistas Abdel Haq Sadah e Ahmed Zaidan saíram do Iêmen a bordo de um avião egípcio depois da meia-noite de ontem com destino ao Cairo.

 

"O ministério pediu aos correspondentes da Al-Jazira para saírem do Iêmen depois de haver cometido infrações profissionais durante sua cobertura dos protestos no país", indicou a fonte do ministério. Sadah e Zaidan "provocaram os sentimentos da cidadania iemenita com suas informações que continham instigação, insultos e mentiras que geraram as divisões e alimentaram a sabotagem".

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