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Polícia invade escritório da TV Al-Jazira no Egito

Atualização:

CAIROForças de segurança do Egito invadiram ontem os escritórios da rede de TV Al Jazera no Cairo e detiveram alguns dos seus funcionários. Segundo a emissora do Catar, a ação foi uma tentativa de forçar o canal a sair do ar.A operação dos militares foi feita um dia depois de a junta militar que governa o país anunciar que a lei de emergência de mais de três décadas, suspensa com a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro, seria retomada para conter a nova onda de protestos e proteger missões diplomáticas internacionais. Na sexta-feira, a embaixada israelense foi invadida por manifestantes, obrigando o embaixador israelense a deixar o país. A agência de notícias estatal Mena disse que o objetivo da operação foi fechar uma empresa que fornecia instalações para a Al Jazera Mubasher, um dos canais da rede de TV que transmite ao vivo eventos internacionais. A Mena disse que a unidade da Al Jazera não tinha a licença apropriada. O diretor da Al Jazera Mubasher no Cairo, Ahmaed Zain, disse que agentes do Ministério do Interior, entre outros funcionários do governo, invadiram o escritório do canal. Segundo ele, vários responsáveis pela transmissão no canal foram detidos. "Continuaremos a transmitir o que está acontecendo no Egito para a população", disse Zain. "Quanto às licenças, fizemos os pedidos há muito tempo, e todos sempre foram ignorados." Protestos. Legistas confirmaram ontem que as três pessoas que morreram nos protestos na e Embaixada israelense no Cairo foram vítimas de disparos de armas de fogo. Antes, havia informações de que uma das vítimas teria sofrido um infarto. As causas das mortes foram confirmadas depois que um projétil foi encontrado em uma das vítimas, enquanto nos outros dois casos as balas atravessaram os corpos. Mais de mil pessoas ficaram feridas na invasão da embaixada. O Exército tem sido pressionado pela população desde que cinco policiais foram mortos na fronteira com Israel, no mês passado, depois que oito israelenses foram mortos num atentado na região. /REUTERS e EFE

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