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Polícia israelense agride turistas ocidentais

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia israelense agrediu nesta quarta-feira, num posto de checagem, manifestantes americanos e europeus que tentavam entrar na Faixa de Gaza para uma visita de dois dias numa mostra de solidariedade aos palestinos, disseram os manifestantes. Depois que policiais afirmaram que eles não poderiam entrar, alguns dos 90 manifestantes saíram de seus ônibus e tentaram caminhar através da fronteira com suas mãos para o ar, mas foram novamente forçados a recuar. Falando por telefone celular, Brian Wood, 26 anos, de Denver, EUA, afirmou que policiais civis e guardas fronteiriços paramilitares jogaram alguns no chão e agrediram outros, inclusive ele, que recebeu um soco no rosto. "Vi um (policial), ele literalmente passou por cima de três idosas", disse. "Mesmo outros policiais tentaram segurá-lo". Wood afirmou que policiais fronteiriços fizeram disparos de fuzil para o ar, empurrando com força manifestantes - alguns vestindo camisas com a inscrição "Palestina Livre" - de volta aos ônibus e tomando suas câmeras. Soldados também detiveram uma delegação palestina que esperava para receber os manifestantes, divulgou The Palestine Monitor, uma organização não-governamental palestina. Pelo telefone, um repórter pôde ouvir uma voz gritando para Wood: "Você, venha comigo!" O porta-voz policial Gil Kleiman afirmou que policiais, chamados pelo Exército para afastar os manifestantes, não agrediram ninguém, e que a polícia só usou a força para retirar os que resistiam na rua e colocá-los de volta nos ônibus. Ele disse que uma francesa foi detida para interrogatório e posteriormente liberada. Os manifestantes pertecem a dois grupos pró-palestinos, incluindo também pessoas da França, Bélgica e Inglaterra. Eles planejavam visitar a Cidade de Gaza, Rafah e o campo de refugiados de Khan Younis e encontrarem-se com Haider Abdel Shafi, diretor da Crescente Vermelha palestina. Na noite anterior, membros de um dos grupos, o Movimento de Solidariedade Internacional, reuniu-se para cantar músicas de Natal com palestinos num posto de checagem do Exército entre a cidade cisjordaniana de Belém e Jerusalém. Soldados israelenses impediram que repórteres cobrissem a manifestação. O Exército israelense declarou a área uma zona militar fechada e expulsou os repórteres. A restrição foi suspensa meia hora depois do fim do ato. A Associação Internacional de Imprensa protestou contra a medida israelense.

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