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Polícia israelense limita acesso à Esplanada das Mesquitas

Escavações no local têm sido alvo de protestos de judeus e de muçulmanos

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia israelense se posicionou nesta sexta-feira, 22, pela terceira semana consecutiva, na Cidade Antiga de Jerusalém para impedir novos protestos contra as escavações nos arredores da Esplanada das Mesquitas (Al-Aqsa), e limitou o acesso ao lugar considerado santo. Conhecido também como Monte do Templo pelos judeus, o local passa por escavações arqueológicas que têm desagradado tanto aos muçulmanos quanto aos palestinos. A terceira mais importante mesquita do islamismo passará por uma restauração, mas os arqueólogos realizam escavações antes que a reforma comece. Essas escavações, realizadas embaixo da rampa do acesso muçulmano, são as responsáveis por um pequeno afundamento na estrutura do local, segundo afirmam palestinos e árabes. Nesta sexta-feira, o acesso ao local é limitado e somente os fiéis árabe-israelenses com mais de 45 anos podem subir à Esplanada. Nas últimas duas semanas, houve manifestações de protesto e confrontos contra as escavações, embora na semana passada os choques tenham sido menos intensos que há 15 dias e os ânimos pareçam ter-se acalmado bastante. No início do mês, o começo das escavações gerou protestos tanto do lado dos palestinos quanto do lado muçulmano. Mais de 30 pessoas ficaram feridas no confronto entre policiais e muçulmanos. A prefeitura acabou suspendendo as obras de restauração da rampa, danificada durante uma tempestade, mas segue com as escavações, sobretudo na parte antiga de Jerusalém, cidade santa para as três principais religiões monoteístas - cristianismo judaísmo e islamismo - e onde há vestígios de 3 mil anos atrás. Na quinta, a área foi reaberta para os visitantes hebreus após permanecer fechada a este público durante três semanas por razões de segurança, devido aos protestos muçulmanos.

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