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Polícia italiana desmonta rede de prostituição e detém 784

Polícia apresentou também denúncias contra outras 1.311 pessoas; 97% dos detidos e 93% dos denunciados são estrangeiros

Por Agencia Estado
Atualização:

As Forças de Segurança italianas detiveram na quarta-feira 784 pessoas supostamente pertencentes a uma rede de lenocínio e tráfico de mulheres para prostituição, além de apresentar denúncias contra outras 1.311. A operação Spartacus começou em 9 de outubro de 2006 e desmantelou uma rede de prostituição administrada por pequenas organizações criminosas formadas por estrangeiros, segundo a imprensa local. Quase todos os envolvidos na rede são estrangeiros. Eles representam 97% dos detidos (764) e 93% dos denunciados (1.224). Suas origens eram principalmente a Europa Oriental e a África. As mulheres eram compradas em seus países de origem, por ? 200 a ? 300, com a promessa de um trabalho na Itália. Depois eram forçadas a exercer a prostituição e a ganhar ? 5 mil por mês para seus proxenetas. Policiais de 32 regiões da Itália participaram da operação. A rede não tinha "uma organização comum", já que "algum dos clãs inclusive tinha uma base de tipo familiar ou ocasional", disse o chefe do Serviço Central Operacional da polícia, Gilberto Caldarozzi. A SCO embargou 15 casas utilizadas para a prostituição, quatro casas noturnas e três laboratórios, dois deles têxteis. Entre as vítimas do tráfico, 45 colaboraram nas investigações e foram recompensadas com a permissão de residência "por motivos de proteção". O ministro do Interior, Giuliano Amato, comentou que "o tráfico de mulheres, e em particular o de menores, com fins de prostituição é um dos crimes mais ignóbeis infelizmente cometidos na Itália". Ele prometeu aumentar a prevenção e as medidas de assistência, proteção e tutela das vítimas.

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