A ouvidoria da Polícia Metropolitana de Londres afirmou, em relatório, que acatou parcialmente a reclamação de um manifestante puxado de sua cadeira de rodas e arrastado pela rua por policiais londrinos em 2010. O cadeirante Jody McIntyre alega que a polícia o arrastou pela rua em dezembro de 2010, em Londres, enquanto ele participava de protestos contra o aumento dos custos da educação universitária na Inglaterra. Ele apresentou uma queixa perante a Comissão Independente de Inquérito da Polícia de Londres (IPCC, na sigla em inglês), que concluiu que os policiais usaram força excessiva e se comportaram de modo que fica "abaixo dos padrões" esperados das forças de segurança. Mas o órgão ressaltou que, por já terem se passado mais de seis meses desde o episódio, não pretende abrir processo contra nenhum policial. Ao mesmo tempo, a IPCC concluiu que os policiais estavam certos ao retirar McIntyre do local da manifestação, ao avaliar que a situação colocava o cadeirante em risco. 'Violência injustificada' Na época do incidente, McIntyre disse ter sido vítima de violência injustificada por parte dos policiais. Ele teria sido jogado no chão e arrastado até a calçada. Em uma entrevista à BBC, o rapaz disse que foi atacado em duas ocasiões. McIntyre contou ainda que não tem condições de usar sozinho a cadeira de rodas e que seu irmão o estava empurrando durante a manifestação. Na época, foi alegado que McIntyre estaria indo em direção à polícia no momento do ataque. O rapaz disse achar "ridículo" que a polícia tente justificar "que um policial tire uma pessoa portadora de deficiência de sua cadeira de rodas e a arraste por uma rua de concreto". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.