Polícia paquistanesa prende 200 pessoas para evitar protesto

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia paquistanesa invadiu casas e comitês de políticos na cidade de Karachi no começo desta quinta-feira, prendendo mais de 200 pessoas para evitar uma manifestação pró-democracia. A Aliança para a Restauração da Democracia (ARD), uma organização formada por 15 partidos políticos, prometeu que iria desafiar o governo militar, que proibiu manifestações públicas. A ARD havia programado um protesto para o dia 1º de maio. O exército paquistanês, entretanto, avisou que iria reforçar a proibição, como havia feito na segunda-feira, quando centenas de pessoas foram presas após tentar organizar uma manifestação na cidade de Lahore. "A repressão do governo demonstra sua fragilidade", disse Shah Mohammed Shah, um porta-voz da ARD em Karachi. Na terça-feira, centenas de policiais e tropas paramilitares formaram uma barreira no aeroporto internacional de Jinnah, em Karachi, para impedir que políticos de renome entrassem em Karachi e reforçassem a manifestação. O líder da ARD, Nawabzadah Nasrullah, deveria ir à cidade para participar do protesto. Os militares tomaram o poder no Paquistão em outubro de 1999, prometendo varrer a corrupção do país. O general Pervez Musharraf, chefe do governo militar, disse que as eleições serão realizadas no Paquistão antes do final de 2002, cumprindo a ordem da Suprema Corte local. O exército, entretanto, reprimiu manifestações dizendo que elas ameaçam a estabilidade da nação. A ARD pede que as eleições sejam realizadas o mais rápido possível e que a democracia e liberdade de expressão sejam reinstauradas no Paquistão.

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