
09 de novembro de 2011 | 17h52
LONDRES - A polícia de Londres prendeu ao menos 20 pessoas nesta quarta-feira, 9, que participavam de marchas contra medidas de austeridade do governo conservador que aumentaram o valor pago pela educação universitária na Grã-Bretanha.
A maioria as detenções ocorreu após um grupo de separar da manifestação central e armar barracas na praça Trafalgar, um dos pontos turísticos mais famosos de Londres, simulando o acampamento que por dias ficou montado na Catedral de São Paulo durante o mês de outubro.
No ano passado, quatro protestos estudantis levaram a enfrentamentos violentos com as forças de segurança. Na ocasião, 400 pessoas foram presas por atacar prédios públicos e a sede do Partido Conservador. Neste ano, poucos incidentes, e nenhum deles grave, foram reportados.
Os manifestantes se pronunciavam contra o aumento do custo da educação de nível superior no país. Eles empunhavam cartazes com os dizeres "Educação para os 99%", pedindo políticas mais democráticas. O governo implantou medidas que deixaram o valor das instituições de ensino mais aros e cortaram bolsas de estudo para alunos pobres, parte do plano de austeridade.
O protesto também fez oposição à reforma das políticas sociais. Eletricistas, taxistas e outros trabalhadores se uniram aos protestos e concordaram em uma greve geral do funcionalismo público para o dia 30 de novembro.
As manifestações também se provaram um verdadeiro teste para a Polícia Metropolitana da capital britânica, que não se mobilizava desde as rebeliões de agosto, quando uma onda de violência tomou conta da cidade. Desta vez, um grande efetivo foi acionado e táticas de contenção foram adotadas, o que garantiu o caráter pacífico da marcha.
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