
27 de abril de 2013 | 11h48
Violentos protestos continuaram ocorrendo na cidade, Daca, e se espalhou para o sudeste da cidade de Chittagong, onde vários veículos foram incendiados.
As equipes de resgate admitiram neste sábado que as vozes dos sobreviventes estão ficando cada vez mais fracas, depois de quatro dias presos sob os escombros. Ainda assim, em um fato motivador para as equipes, 29 sobreviventes foram encontrados neste sábado, disse o porta-voz do exército, Shahinul Islam. Ao todo já são 2.429 sobreviventes.
A maioria das vítimas morreu quando a estrutura de oito andares caiu na quarta-feira pela manhã - em um horário em que as fábricas de roupas estavam cheias de trabalhadores. Os últimos três andares foram construídos de forma ilegal.
Trabalhando de forma ininterrupta desde quarta-feira, em meio ao forte calor e a tempestades, as equipes de resgates finalmente atingiram neste sábado o andar térreo por meio de 25 estreitos buracos escavados desde o topo do edifício, disse o chefe dos bombeiros, Ali Ahmed Khan.
"Ainda estamos recebendo respostas de sobreviventes, mas elas estão se tornando mais fracas e espaçadas", disse ele, acrescentando que as equipes de resgate já são capazes de ver carros que estavam estacionados no nível do solo.
"O edifício é muito vulnerável. A todo o momento o chão pode entrar em colapso. Estamos realizando uma tarefa impossível, mas estamos contentes que conseguimos resgatar tantos sobreviventes." Ele disse que as operações vão continuar durante a noite, mas as chances de encontrar sobreviventes vão diminuído à medida que se chega ao quinta dia e também por conta dos possíveis ferimentos e do forte calor.
Foi a pior tragédia que atingiu a enorme indústria de vestuário do Bangladesh e chamou a atenção para as más condições de trabalho dos funcionários, que recebem US$ 38,00 por mês para produzir roupas para marcas internacionais. A indústria de vestuário do Bangladesh é a terceiro maior do mundo, segundo dados de 2011, atrás apenas da China e da Itália, tendo crescido rapidamente na última década. As informações são da Associated Press.
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