
03 de janeiro de 2008 | 06h38
A polícia do Quênia reprimiu nesta quinta-feira, 3, militantes da oposição com caminhões-pipa e bombas de gás lacrimogêneo. Eles se dirigiam a um parque de Nairóbi para uma concentração política. Veja também: 'O país está horrorizado', diz brasileiro que vive no Quênia Oposição ignora veto policial e mantém protesto em Nairóbi Brasil expressa preocupação com violência no Quênia A manifestação estava prevista para acontecer no parque Uhuru, no centro de Nairóbi, e foi convocada pelo Movimento Democrático Laranja (ODM), o partido da oposição que reivindica sua vitória nas eleições de 27 de dezembro. A concentração foi proibida e a polícia impede que os militantes da oposição cheguem ao local usando caminhões-pipa e bombas de gás lacrimogêneo. No bairro pobre de Kibera, nos arredores de Nairóbi, reduto da oposição, a polícia montou cordões de segurança para impedir que seus moradores fossem à concentração. Na sede da ODM, o líder da legenda, Raila Odinga, está reunido com a cúpula do partido, conhecida como "pentágono". Ele deve anunciar uma entrevista coletiva. A ODM assegura que o presidente queniano, Mwai Kibaki, que brigava pela reeleição, foi proclamado vencedor do pleito com um milhão de votos fraudulentos, e reivindica sua vitória nas eleições, as mais disputadas na história do Quênia. O ato convocado no parque Uhuru serviria para que Odinga se proclamasse "presidente do povo". Cerca de 300 pessoas morreram nos distúrbios registrados no Quênia desde o sábado passado.
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