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Polícia resgata 180 crianças e mulheres de militantes na Nigéria

Insurgentes islâmicos e forças de segurança do país entraram em conflito desde a madrugada da terça-feira

Atualização:

A Polícia da Nigéria libertou nesta quarta-feira, 29, mais de 180 mulheres e crianças que estavam sendo mantidos em cativeiro por extremistas islâmicos do grupo Boko Haram no país em um prédio na cidade de Maiduguri, situada no norte nigeriano. Os prisioneiros disseram ao canal de notícias BBC que estiveram presos por seis dias.

 

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Segundo o depoimento de um funcionário da Cruz Vermelha ao canal CNN, mais de 2.500 nigerianos estavam nas ruas de Maiduguri quando os conflitos começaram e foram forçados a retornar a suas casas. A autoridades nigerianas contabilizavam mais de 400 mortos até a tarde desta quarta-feira.

 

O Boko Haram, o "Taleban local", iniciou os combates com a polícia durante a noite e a madrugada em Maiduguri depois de o presidente da Nigéria, Umaru Yar'Adua, ter ordenado às Forças Armadas que esmagassem os extremistas "de uma vez por todas". Yar'Adua visitou o presidente Lula e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, no Palácio do Itamaraty nesta quarta-feira.

 

A casa do líder taleban local, Mohammed Yusuf, foi bombardeada no fim da noite da terça-feira, assim como uma mesquita onde estavam reunidos diversos de seus seguidores. A situação e o paradeiro de Yusuf são desconhecidos.

 

Moradores relataram que os soldados estariam próximos de encurralar os últimos remanescentes do grupo em meio a relatos de execuções extrajudiciais pelas forças de segurança.

 

O "Taleban nigeriano" surgiu em 2004, quando estabeleceu uma base em Kanamma, no Estado Yobe, fronteira com Níger. Dali, o grupo passou a promover ataques contra a polícia. Acredita-se que a maior parte dos integrantes dessa milícia seja composta por estudantes universitários que abandonaram os estudos. Segundo os militantes, o grupo luta contra a "educação ocidental", pois acredita que o governo nigeriano esteja corrompido pelas ideias das nações do ocidente e quer impor as leis islâmicas no país.

 

A maior parte da população do norte da Nigéria é muçulmana, mas há redutos cristãos nas principais cidades da região, o que causa tensão entre os dois grupos religiosos. Desde 1999, 12 Estados do norte nigeriano estabeleceram a Sharia, código de leis islâmico. As informações são da Dow Jones.

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