GENEBRA - A polícia da Suíça afirmou neste domingo, 14, não ter indício de que o homem que atacou passageiros de um trem com uma faca e ateou fogo ao vagão tenha cometido um “ato terrorista”, após realizar buscas na casa do suspeito. “Até o momento, não há indícios de que seja um ato terrorista ou com motivação política”, informou a polícia de Saint Gallen, em um comunicado.
O homem, um suíço de 27 anos que não teve o nome divulgado, morreu no hospital em razão dos ferimentos sofridos.
O porta-voz da polícia Bruno Metzger disse à agência France Press que terrorismo não é sua principal linha de investigação, e prioriza outros motivos, mas não quis especificar quais.
Ainda neste domingo, foi anunciada a morte de uma das seis pessoas feridas no ataque, uma mulher de 34 anos, cujo estado de saúde era crítico desde o incidente da tarde de sábado, quando ocorreu o ataque. Ela foi atingida por uma grande quantidade de líquido inflamável, o que aumenta a suspeita da polícia de que a mulher teria sido o alvo do ataque, em um crime passional.
Três vítimas continuavam no hospital neste domingo, sendo duas meninas, de 6 e 17 anos, que ficaram gravemente feridas.
Caso. Na tarde de sábado, o suíço de 27 anos ateou fogo a um vagão no leste da Suíça usando líquido inflamável e esfaqueou vários passageiros.
Uma pessoa que estava na plataforma da estação também ficou ferida ao tirar o criminoso do trem. “Sua intervenção provavelmente evitou o pior”, disse o porta-voz policial Hanspeter Kruesi ao jornal Blick. Até o momento não foram divulgados detalhes sobre as identidades ou nacionalidades das vítimas.
A polícia afirmou que o ataque foi gravado em vídeo, o que lhes permitiu determinar que o homem agiu sozinho. Na noite de sábado, a polícia vasculhou a casa do suspeito, que vivia em uma região fronteiriça com Saint Gallen. “Os resultados formam parte de um processo penal e, portanto, não são públicos”, comunicou a polícia.
Os procuradores de Saint Gallen, que abriram uma investigação penal após o ataque, indicaram que equipes forenses examinavam o vagão incendiado.
Este ataque foi o último de uma série de atos violentos registrados na Europa nos últimos meses. Alguns desses ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI). / AFP