
16 de agosto de 2012 | 21h17
Atualizado às 4h30
PRETÓRIA - A polícia da África do Sul matou nesta quinta-feira, 16, ao menos 30 mineiros em greve em uma mina de platina em Marikana, nos arredores de Pretória. Os agentes argumentam que dispararam quando os grevistas os ameaçaram com facões, diante da tentativa policial de dispersar 3 mil trabalhadores. Foi um dos piores episódios de violência policial no país desde o fim do apartheid, em 1994.
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Em comunicado, o presidente Jacob Zuma se disse chocado. "Instruí as forças da ordem a fazer tudo para manter a situação sob controle", afirmou.
Confrontos entre sindicalistas iniciados há uma semana haviam deixado dez mortos antes da ação policial. A Associação de Mineiros e Operários da Construção Civil (AMCU), que representa os grevistas, acusou a polícia de execução. "Não havia nenhuma necessidade de matar as pessoas daquele jeito", disse o secretário-geral da entidade, Jeffrey Mphahlele. Antes do confronto, os mineiros se diziam dispostos a morrer pela greve. A oposição a Zuma estima que o total de vítimas pode chegar a 38.
Com Reuters e Efe
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