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Polícia turca invade escritório que fomenta pesquisas em universidades

Ação fez parte do expurgo promovido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan contra suspeitos de participarem da tentativa de golpe no dia 15 de julho; emissora local fala em 'muitas pessoas presas'

Atualização:

ISTAMBUL - A polícia da Turquia invadiu nesta quarta-feira, 3, os escritórios do Conselho Nacional de Pesquisa Científica (Tubitak, na sigla em turco), ampliando a investigação contra seguidores do clérigo Fethullah Gulen, acusado pelo governo de ser o mentor da tentativa de golpe do dia 15 de julho.

Segundo informações da emissora NTV, a ação da polícia nesta quarta-feira resultou na prisão de "muitas pessoas". Funcionário do conselho ouvidos pela agência Reuters, no entanto, afirmaram que as buscas no local foram realizadas no domingo, apesar de não terem detalhes quanto ao número de presos.

Milhares de turcos apoiadores do presidente Recep Tayyp Erdogan se reúnem na praça Taksim, em Istambul Foto: AFP PHOTO / DANIEL MIHAILESCU

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O Tubitak é responsável por financiar projetos de pesquisas tanto em universidades quanto no setor privado e emprega mais de 1,5 mil pesquisadores, de acordo com informações disponíveis no site da instituição.

O expurgo promovido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan na Turquia já atingiu mais de 60 mil pessoas nas Forças Armadas, no Judiciário, nos serviços civis e na área de educação. Muitos foram presos, enquanto que outros foram suspensos ou estão sendo investigados pela suposta participação na frustrada tentativa de golpe.

De acordo com a versão oficial sustentada por Ancara, o golpe foi orquestrado por seguidores de Gulen, clérigo muçulmano autoexilado nos EUA desde 1999. Ele nega as acusações e já se manifestou publicamente contra a tentativa de golpe. / REUTERS

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