13 de agosto de 2009 | 18h12
Se aprovada, a lei determinará que as escolas baseiem o currículo no que é chamado pelo governo de "Doutrina Bolivariana", uma vaga referência aos ideais defendidos pelo prócer da independência da Venezuela, Simón Bolívar (1783-1830). Os críticos foram rápidos ao notar que Chávez usa o termo "bolivariano" para descrever seu movimento político e alguns temem que o governo tente conquistar corações e mentes através da doutrinação nas escolas. "Eles não usam o termo ''socialismo'' mas é o que querem introduzir nas nossas escolas", disse Ray González, um engenheiro de 59 anos.
Defensores do projeto de lei rebatem as acusações, ao notar que as medidas requerem que o ensino "esteja aberto a todas as formas de pensamento". O ministro da Educação, Hector Navarro, acusou os opositores a Chávez e a mídia de uma "campanha de difamação" para enganar os venezuelanos.
A legislação garante oportunidades iguais e enfatiza a responsabilidade social em um país assolado pela pobreza, disse Navarro. Representantes da igreja Católica Romana, a instituição mais proeminente da Venezuela, são contrários à proibição do ensino religioso, prevista no projeto. Segundo eles, um dos objetivos do projeto é enfraquecer a influência da Igreja no ensino.
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