Policiais israelenses são mortos a tiros na Cisjordânia

Grupo desconhecido, Imad Mughniyeh, assumiu responsabilidade pelo ataque em Nablus.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Dois policiais israelenses foram mortos a tiros neste domingo perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia. Este foi o primeiro incidente deste tipo, envolvendo israelenses, na Cisjordânia desde abril de 2008. Os dois policiais foram encontrados no carro que ocupavam, que estava virado, no bairro de Massua, vale do Jordão. O ataque contra os policiais, que faziam parte da divisão de trânsito da polícia de Israel, foi feito a partir de um outro carro em movimento, quando eles passavam por uma estrada controlada pelos israelenses, perto da cidade palestina de Nablus, na região perto da fronteira com a Jordânia. De acordo com fontes do setor de segurança de Israel, os responsáveis pelo ataque teriam tirado vantagem do fato de que dois postos de fiscalização perto de Nablus foram retirados neste final de semana, dando mais liberdade de movimento aos palestinos. As forças de segurança israelenses lançaram uma operação na área para tentar encontrar os atiradores. Um grupo desconhecido assumiu a responsabilidade pelo ataque. O grupo Imad Mughniyeh tem o nome de um comandante do Hezbollah assassinado em Damasco, há pouco mais de um ano. Um porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, afirmou que um "motivo nacionalista" poderia ser a causa do ataque deste domingo. O correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Wood, afirmou que a Cisjordânia se transformou em um lugar relativamente pacífico até este último incidente. A polícia palestina, treinada e financiada por países ocidentais, está cada vez mais eficaz no combate aos militantes, segundo Wood. Wood afirma também que a região onde ocorreu o ataque está marcada pela tensão desde a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que deixou cerca de1,3 mil palestinos mortos. E o incidente também ocorre em um momento particularmente delicado: quando o governo de Israel discute quantos militantes palestinos poderá libertar da prisão em troca do retorno do soldado Gilad Shalit, capturado em 2006. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.